quarta-feira, 30 de junho de 2010

Björk + Dirty Projectors em causa nobre


Há menos de um mês foi anunciado que Björk estava preparando um projeto beneficente com a banda indie Dirty Projectors e foi lançado hoje, 30 de Junho.

A renda obtida com as vendas digitais do álbum será doada para o instituto Housing Works, que fornece abrigo homens, mulheres e crianças soropositivas.

Um ano atrás, a pedido de Brandon Stosuy do site Stereogum, essa parceria havia acontecido ao vivo, em um show também beneficente onde 7 músicas compostas especialmente para o evento foram apresentadas em uma livraria de Nova Iorque.

Essa parceria havia começado algum tempo antes, quando Dirty Projectors regravou a música "Hyper-ballad" em um projeto de covers da islandesa feito pelo Stereogum.

Tempos depois, a admiração mútua resultou no álbum Mount Wittenberg Orca. Como se trata de um projeto beneficente, nada mais correto do que mostrar apenas parte do trabalho, e deixar que o projeto na íntegra seja obtido com doações. Veja a capa e ouça alguns destaques:


02. On and Ever Onward
Björk lidera essa faixa com seu vocal forte, cantando sobre uma vida simples e completa, algo que as pessoas da instituição procuram - e não só elas. "Lar é o que está ao nosso redor".


05. Sharing Orb
O coral das meninas do Dirty Projectors, violão e bateria acompanham Björk numa música que fala de doação e otimismo. Uma mensagem bonita passada de um modo atípico.


06. No Embrace
O trabalho da banda se destaca nessa faixa, enquanto a voz de Björk fica ao fundo. A letra é triste, e fala de abandono e descaso. O lado duro e realista do projeto.


O álbum tem vocais experimentais e guturais que lembram Medúlla, da Björk, e instrumentais bem puxados para o indie que vêem do trabalho da banda Dirty Projectors. Além da iniciativa nobre, o trabalho foi muito bem feito e não tem aquele ar cafona ou "vamos fazer qualquer coisa pra vender" que muitos projetos musicais beneficentes têm.

Para contribuir, é só entrar no site abaixo e doar a partir de US$7 para baixar o álbum digital.


Para mais informações:

#Frikadica

terça-feira, 29 de junho de 2010

Robyn - Don't ******** Tell Me What To Do


Chamar Robyn de cantora pop é subestimá-la. Apesar da abordagem comercial ser parecida com a do universo pop, o trabalho da sueca vai muito além.

Depois de anunciar um projeto triplo para esse ano e lançar a primeira parte - Body Talk Pt 1 - e o primeiro single e clipe "Dancing On My Own" (veja aqui), ela aderiu à moda do 3D e lançou um clipe interativo para a faixa "Don't Fucking Tell Me What To Do".

Hospedado no próprio site oficial, a plataforma do video recebe automaticamente atualizações do twitter, fazendo com que qualquer um possa aparecer na animação 3D. É simples, é só fazer uma frase reclamando de algo (como na letra da música) e adicionar a hashtag #killingme no final do tweet. Por exemplo:

"My mother is #killingme".

A própria Robyn avisou pelo twitter que apenas a palavra antes de "is" aparecerá no video. Veja o resultado aqui.

E continuando com a divulgação do single, a faixa ganhou um remix de Mylo e Sharooz com um som mais voltado para o electro-rock. Ouça:

Robyn - Don't Fucking Tell Me What To Do (Mylo and Sharooz Mix)

#Frikadica

The Like - chick rock


Lembra quando o rock era novidade? Quando as platéias de meninas histéricas gritavam a cada acorde de guitarra ou chacoalhada de quadril do Elvis ou dos Beatles? Ou quando os beatnicks dançavam desengonçados ao som do rock psicodélico de The Who? Se você não era nascido na década de 1950 e 1960, provavelmente não vai se lembrar. Mas é para isso mesmo que existem bandas como The Like.

No clima do rock ingênuo carregado com o clima de Soul e Blues americanos, essas quatro meninas de Los Angeles retomam um ritmo que fez muito moderninho dançar 50 anos atrás - e dá vontade de dançar como eles. Elas formaram a banda em 2001, e atualmente são quatro: Elizabeth "Z" Berg (vocal/guitarra), Tennessee Thomas (bateria), Annie Morgan (órgão/teclado) e Laena Geronimo (baixo).

Elas já têm uma certa experiência musical, apesar de terem 15/16 anos ao formarem a banda. Tennessee, por exemplo, é filha de Pete Thomas (baterista de Elvis Costello). Seus três primeiros EPs foram lançados sem selo ou gravadora e a faixa "(So I'll Sit Here) Waiting" foi trilha do filme "Aos Treze", dando destaque às meninas. Desde então, elas já participaram de turnês de Phantom Planet, Razorlight, Maroon 5, Tori Amos, Muse, Kings Of Leon e Arctic Monkeys.

E em Junho desse ano as quatro lançaram seu segundo álbum, Release Me, com a produção de ninguém menos que Mark Ronson (produtor de Amy Winehouse, Lily Allen, Aguilera, e Kaiser Chiefs, entre outros).

E o álbum é uma viagem pelos anos 1970, passando pela psicodelia de The Who e o rock feliz dos Beatles. Veja o clipe do segundo single do álbum, "He's Not A Boy":



Pela estética e pelo som, isso é o que teria acontecido se na época houvesse bandas de meninas talentosas como as de The Like.

Para ouvir mais: Myspace.com/thelike

#Frikadica

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Tesourinho #10 - Sugarcubes X Diana Vickers


#MusicMonday é dia daquelas faixas secretas, desconhecidas, covers, mash-ups, remixes e tudo o mais que for #Tesourinho. Na quinta-feira teve uma edição especial com um cover de Kylie feito pelos Scissor Sisters (ouça aqui), e a de hoje não é nada mais nada menos do que um cover de Sugarcubes.

Na década de 1980, o rock se encontrou em uma vertente que abusava de referências do punk-rock da época fazendo músicas curtas, experimentais, nonsense e muitas vezes propositalmente toscas com toques eletrônicos e de rock dos anos 1960. Uma das bandas que tiveram destaque na época foi Sugarcubes. Hoje em dia, ela é lembrada por ter sido a última banda da islandesa Björk antes de se lançar na carreira solo. Com quatro álbuns lançados e sucesso comercial na Europa e EUA, eles iniciaram sua carreira em 1988 e a encerraram em 1992. Entre os hits, estava ironicamente a faixa Hit, primeiro single do último álbum, "Stick Around For Joy" (1991):



Décadas depois, surgiu Diana Vickers. Cantora pop inglesa ganhou fama internacional ao ficar entre os finalistas do reality de música The X Factor. Esse ano, Diana gravou e lançou seu primeiro álbum, "Songs From The Tainted Cherry Tree". Com uma ajuda da cantora pop Ellie Goulding e do produtor indie Guy Sigsworth e do multi-instrumentalista Patrick Wolf, a loira gravou várias faixas que variam do pop comercial ao pop mais elaborado. Entre elas, está um cover eletrizado e mais pop de Hit dos Sugarcubes. Ouça como ficou:

Diana Vickes - Hit (Sugarcubes Cover)

Será que os fãs de Sugarcubes e Björk vão gostar da homenagem?

#Frikadica

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Discotexxx Especial - 26/06!!

Para ler ouvindo:


Uffie - The Party (feat. Justice)  (Bitch Luvtek Remix)

Dica ótima para quem está em São Paulo:

Astronete é um bar que já tem tradição em rock em SP, e a festa Discotexxx, do DJ @celsotavares completa esse mês 2 anos de vida. O projeto reúne não só várias vertentes do rock'n'roll como também 80's, 90's e electro.

Além da comemoração de 2 anos de festa, a Discotexxx desse sábado (26/06) também é especial de aniversário do próprio Celso, do jornalista e performer @alissongothzzz e do nosso querido redator @brunofrika!


Os três discotecarão na festa de amanhã para essa comemoração quádrupla!

À partir das 23h desse sábado, no Astronete. Mais infos no site:

Astronete.com.br

#Frikadica

#FollowFriday - 25/06/10

Para ler ouvindo:

Björk - Innocence (Simian Mobile Disco Remix)

Essa sexta-feira é bem especial! Além de ser aniversário do nosso redator, @brunofrika, é aniversário de 1 ano da morte do Rei do Pop e essa semana foi recheada de novos álbuns bem bacanas, é só conferir nos posts anteriores!

Mas como já é tradição, hora de ver os 5 twitters indicados dessa semana:


@estudio_emme - Novidade ótima, principalmente para quem está em São Paulo, o Estúdio EMME é uma nova casa na cidade que, entre outros projetos artísticos e musicais, também será a casa de muitos shows. E eles já começaram bem, com shows de O Jardim das Horas, Rosie & Me, Copacabana Club e outros. Vida nova na vida cultural de Sampa!



@Pyrommaniac - Apesar do nome em inglês, esse twitter é de um blog de dois brasileiros. O tema varia entre moda masculina, design e música. E ao contrário do Frikadica, eles têm focado mais em moda do que nos outros temas. É praticamente nosso oposto-complementar! E o trabalho é muito bem feito, cobrindo novidades de desfiles, editoriais e notícias.



@Scream4themovie - Os fãs de terror já estão sabendo que Pânico voltará ao cinema em breve. E nada melhor do que um twitter que só dá notícias do filme. Você sabia, por exemplo, que Hayden Pannettiere (do seriado Heroes) entrará para o elenco? E que as filmagens ainda nem acabaram? Pois é, se você já estivesse seguindo esse twitter, saberia! Pra aumentar a ansiedade.



@Incrivelt - Thiago Pereira parece ter um twitter comum. Não tem nem link para blog, site, nada. E aí você se pergunta por que ele tem mais de 2000 seguidores. Simplesmente porque o Thiago é o criador do blog da Cleycianne, a evangélica mais pop da internet brasileira. E olha, o twitter dele também tem muita coisa interessante para ler. Sucesso merecido.



@ZeBrites -Além de ser meu colega nos outros500, o Zé tem um blog ótimo de música. Mas não é qualquer blog de música. É uma mistura de notícia com fofoca, com vídeos e referências bem inusitadas. Digamos que é o Papel Pop da música, mas com muito mais conteúdo. O resultado é divertidíssimo e interessante!


Por essa semana é só! E para os que ainda não estão sabendo, amanhã (sábado), é dia de Discotexxx no Astronete. E é uma edição hiper especial, já que a festa está completando 2 anos, além de ser a comemoraração do aniversário do @brunofrika e do @celsotavares (criador do projeto). A discotecagem será por conta dos dois, além da Vivi Pari e do @alissongothzzzz. (Mais infos aqui)

Bom final de semana!

#Frikadica

quinta-feira, 24 de junho de 2010

#Tesourinho Especial - Kylie + Scissor Sisters


Segunda-feira é o dia oficial dos #Tesourinhos aqui no Frikadica, mas essa música merece uma edição extra. O novo álbum da Kylie, Aphrodite, vazou agora a pouco (ouça aqui), e o novo dos Scissor Sisters, Night Work, vazou há exatamente uma semana (ouça aqui).

Com o produtor Stuart Price em comum entre os dois álbuns e uma colaboração do vocalista Jake Shears na faixa "Too Much" (Kylie), a cantora australiana e a banda americana estão mais próximos do que nunca. Então nada mais natural do que acontecer um cover, e foi o que Scissor Sisters fizeram.

A música? "All The Lovers", primeiro single de Aphrodite. A idéia? Uma homenagem à cantora bem humorada em estilo country. O resultado? Ouça:

Scissor Sisters - All The Lovers (Kylie Minogue Cover)

Para provar que o pop sabe se comunicar com outros estilos como nenhuma outra vertente da música! Mas como seria se a Kylie gravasse algo dos Scissor Sisters? Frikadica pra ela.

#Frikadica

Kylie Minogue - Aphrodite (2010)


Um dos álbuns de pop mais esperados do ano finalmente chegou! Aphrodite é o 11º álbum de inéditas da australiana Kylie Minogue, e a produção executiva é assinada pelo consagrado - e atualmente em alta - Stuart Price. O inglês tem no portfolio produções para Madonna, P. Diddy, New Order, Seal, Killers, Keane, e o último álbum de Scissor Sisters (ouça aqui).

Nas produções das faixas estão, além de Stuart P., Jake Shears (vocalista dos Scissor Sisters), Calvin Harris, Tim Rice-Oxley (do Keane), entre outros. Encarnando a deusa do amor, ela deixa o electro pesado de seu último álbum X (2007) para fazer um trabalho mais melódico e romântico - mas não menos dançante.

A própria cantora co-escreveu apenas três faixas: Illusion, Too Much, e Looking For An Angel.

Querem ouvir?

01 - All The Lovers
Produzida por Price, essa música é o primeiro single do ábum, e já ganhou vários remixes e um clipe bem bonito (veja aqui). A faixa é meio dançante, meio parada, lembra em alguns momentos Slow, da própria Kylie. Os fãs - e até não-fãs - gostaram bastante da novidade.


02 - Get Outta My Way
Será o segundo single de Aphrodite, e dizem que a australiana já está se preparando para gravar o clipe. Produzida por várias pessoas - incluindo o dinamarquês Cutfather que já trabalhou com Pussycat Dolls, Jamelia e Ace Of Base - ela é bem mais animada e apropriada para as pistas de dança. A letra é um pé-na-b*nda de alguém que não a tratou como merecia, enquanto o som é um resquício do electro de seu último álbum.


03 - Put Your Hands Up (If You Feel Love)
Ela começa devagarinho, mas logo se revela outro hit para baladas. A letra é romântica e até cafona, mas os sintetizadores de Price dão uma amenizada - além de dar uma vontade de dançar sem ligar para o que está sendo cantado.


04 - Closer
Closer é assinada exclusivamente por Price, e o resultado é essa faixa com um instrumental bem acabado que lembra de longe Ladytron, numa versão bem mais pop e comercial. O vocal de Kylie fica como um acessório que enfeita a base eletrônica.


05 - Everything Is Beautiful
O álbum volta a ficar mais melódico, e a Afrodite parece começar a baixar na cantora, enquanto ela fala de rituais que deixarão tudo muito mais bonito. Ela garante um momento mais calmo para um show, com direito a pausa no piano e palmas da platéia acompanhando o ritmo da música. Cafona mas bonitinha.


06 - Aphrodite
A idéia de usar batidas macumbentas/militares apareceu em Bionic da Aguilera e aparece aqui também. A música é mais uma que fica no limite entre o dançante e o romântico. Mas ela representa muito bem o clima do álbum, e dá mesmo a impressão de ter sido a trilha sonora para a sessão de fotos de onde saiu a capa do álbum. Apesar de considerada cafona por muitos, é um conceito interessante.


07 - Illusion

Kylie co-escreveu Illusion com Price, e o resultado só poderia mesmo ser uma excelente música com efeitos eletrônicos, sintetizadores e ecos viciantes. A letra fala de uma confusão causada pela fama e todo o estilo de vida que a envolve. Mas ao invés de utilizar de sarcasmo, como certas Lady GaGas, Kylie faz um synth-pop bem mais refinado e original.


08 - Better Than Today
BTT parece ter sido tirada de um álbum dos anos 1990, o que provavelmente foi a intenção. A letra e a produção são inocentes e meio que exigem uma coreografia representando cada frase do refrão. Se você prestar atenção, no entanto, alguns elementos não deixam a faixa cair no óbvio/tosco como a guitarra de fundo.


09 - Too Much
Foi escrita por Kylie, Jake Shears (dos Scissor Sistors) e Calvin Harris - que também a produziu - o que garante uma dose extra de empolgação e eletricidade. Rápida e até confusa à primeira ouvida, Too Much é uma das melhores do álbum. Alguém parou pra ouvir o que a letra diz? Nem precisa, né.


10 - Cupid Boy
Sebastian Ingrosso (DJ e produtor sueco de electro) e Magnus Lidehäll (produtor sueco de hip-hop) são os responsáveis por essa música. Altamente pop e ao mesmo tempo nada óbvia, a nacionalidade e o background dos produtores provavelmente é uma das maiores culpadas. Se a australiana tiver bons marketeiros - e aparentemente ela tem - Cupid será logo logo lançada como single.


11 - Looking For An Angel
Kylie tem uma óbvia atração por aberturas de musicais e músicas que lembram bailes do século XIX, e é assim que essa música começa. O acompanhamento de cordas e piano permeiam o resto da faixa, mantendo a melodia junto com um refrão bem grudento. Gostosinha e com uma potencial comercial bem grande.


12 - Can't Beat The Feeling
Mais uma vez, produtores do underground do pop e electro se envolveram na produção e escrita. Hannah Robinson já trabalhou com o projeto de electro Ladyhawke; Pascal Gabriel também trabalhou para Ladyhawke, além de Andy Bell (do Erasure), Bebel Gilberto, Goldfrapp e Marina & The Diamonds; e Richard X já é famoso por seu electro sombrio e parcerias com Annie, Kelis e Sugababes. Mais uma vez, o synth-pop conta com elementos diferenciados e uma melodia que parece retirada de um álbum de Nu-disco.


Diferente de muitas cantoras pop - especialmente as americanas - Kylie Minogue raramente faz um trabalho previsível. Apesar de não participar das produções, ela sempre tem pessoas competentes trabalhando para ela. E escolhendo pessoas nada óbvias, seus álbuns sempre têm elementos surpresa.

Aphrodite é obviamente um álbum pop, mas a maioria das músicas não é logo de cara um sucesso violento que dê vontade de ouvir repetidas vezes. E isso é um elogio, já que é exatamente esse tipo de música que requer um cuidado extra ao ouvir - o que indica que um trabalho extra foi feito ao criá-las. Lá pela terceira ouvida, o álbum se revela uma das produções mais refinadas da música mainstream de 2010, pelo menos até agora.

#Frikadica

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sapatos by Love Thy Neighbour

Para ler ouvindo:


Of Montreal - Gronlandic Edit

Sapato deixou de ser um acessório estritamente social há tempos, isso (quase) todo mundo já sabe. E de uns tempos para cá, marcas de sapatos esportivos têm surgido, misturando estilos retrô e comportados com estilos modernos e despojados.

Elephant Grey Kicks by Love Thy Neighbour 


É o caso da marca australiana Love Thy Neighbour, que além de acessórios e calçados femininos, tem modelos bem interessantes de calçados masculinos. Eles se mantêm exatamente entre peças de brechó e tênis de designs de estilistas e marcas famosos.

Os destaques da loja online:

The Kicks estampados by Love Thy Neighbour

'The Kicks' é um modelo de botas de cano curto, disponível em couro liso, e em tecidos estampados. O formato remete a calçados ingleses do século, mas as cores e as padronagens são bem atuais. Os preços variam de $120 a $189.


The Prom King by Love Thy Neighbour

'The Prom King' (o rei do baile) é um sapato com um nome apropriado. Com bico fino e cadarço curto típicos de sapatos clássicos, mas com solado e tecido de tênis, esse modelo tem aquele charme que os modernos adoram misturar com peças vintage, gravatas borboleta e bigode. Os modelos do Prom King ficam entre $99,95 e $169.


The Kevin Bacon by Love Thy Neighbour

'The Kevin Bacon', além de ter o melhor nome de sapatos, é inspirado no visual do próprio ator no filme Footloose (clássico dos anos 80). As referências visuais, então, só poderiam ser oitentistas. O modelo lembra uma sapatilha de dança - afinal o personagem do filme era um dançarino - e está disponível em vinil liso, algodão liso e estampado. De $95 a $99,95.

A marca ainda não tem filial nem representantes no Brasil, então por enquanto o negócio mais econômico é esperar o dólar baixar e pedir umas 2 peças para valer o frete.

Para mais informações: LoveThyNeighbour

#Frikadica

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tesourinho #9 - Peaches & Feist


Quem conhece os trabalhos de Feist e Peaches deve saber que o estilo das duas é bem diferente, e nem imagina o quanto elas têm em comum.

Feist é uma cantora e compositora folk no estilo violão-piano-voz-rouca que começou a carreira musical com uma banda folk chamada Placebo (não a banda de Brian Molko) mas se afastou por conta de um problema com cordas vocais. Ela voltou em 1999 em carreira solo fazendo sucesso apenas nos EUA e Canadá, e em 2001 se juntou à banda indie Broken Social Scene. Em 2004 Leslie Feist lançou seu álbum Let It Die ganhando fama internacional, concretizada em seu próximo lançamento, The Reminder (2007). Os fãs de indie/folk com certeza se lembram de sucessos como "I Feel It All", "My Moon My Man" e "1234".

Já Peaches é uma produtora/DJ/cantora de electro/punk/funk. Da bibliotecária Merrill Beth Nisker, Peaches se transformou em uma performer representante das mais safadas, pansexuais e taradas da música. Ela entrou para o clube dos artistas do movimento electroclash no fim da década de 1990 com seu primeiro álbum, Teaches Of Peaches (2000), ao lado de The Hacker, Miss Kittin, Ladytron e outros. O boom de Peaches começou na Alemanha e se espalhou para EUA, Canadá, Europa, Brasil e até países mais conservadores da Ásia. Lançando um álbum após o outro, ela está sempre espalhando seu electro de som industrial e propositalmente sujo combinando-o perfeitamente com suas letras vulgares e provocativas. Entre os sucessos, estão "Fuck The Pain Away", "Shake Yer Dix", "Kick It", "Boys Wanna Be Her" e "I Feel Cream".

Mas o que elas teriam em comum? Para começar, as duas são canadenses e devem parte do seu sucesso ao seu conterrâneo Gonzales, que produziu - e ainda produz - vários trabalhos das duas. Mas isso é apenas o início. Em 1999, Feist estava batalhando sua carreira solo e foi morar com uma amiga de uma amiga, que também estava começando a fazer sucesso. Quem? Peaches.

Morando juntas, Feist ainda trabalhava no backstage dos shows de Peaches e diz-se que ela brincava com um fantoche de meia apelidado "Bitch Lap Lap". As duas acabaram fazendo turnê juntas em 2000 e 2001. Ainda em contribuição com Peaches, Feist fez uma participação no clipe de "Lovertits" onde ela lambe uma bicicleta (veja aqui), participou dos vocais do álbum "The Teaches Of Peaches" e mais tarde na faixa "Give'er", do álbum Impeach My Bush (2006).

Quem apenas ouve as músicas das duas nunca imaginaria que elas teriam tanta história juntas. Mas além da amizade e trabalho, Feist e Peaches têm uma faixa em comum. "Lovertits" aparece originalmente no álbum "The Teaches Of Peaches" com toda a pouca-vergonha electro de Merril Peaches Nisker:

Peaches - Lovertits

Feist, entre o primeiro e o segundo álbum de inéditas, lançou Open Season (2006) com remixes e b-sides de Let It Die. Entre as faixas, estava um cover de "Lovertits" feito em parceria com o produtor das duas, Gonzales. A versão é uma brincadeira fofa que fica entre o electro e o folk, exatamente onde os estilos das duas poderiam se encontrar:

Feist - Lovertits (with Gonzales)

Quem sabe elas ainda não voltam a se encontrar e gravam algo mais juntas? Apesar das diferenças, elas conseguem encontrar um lugar-comum e se encaixam tão bem que acaba passando despercebido.

#Frikadica

sexta-feira, 18 de junho de 2010

#FollowFriday - 18/06/10

Para ler ouvindo:


Sam Sparro - 21st Century Life

A semana passou voando, principalmente para você que passou toda ela gripado, de cama. Um abraço!

Mas o mundo não parou e já é sexta. Os 5 indicados dessa semana têm uma coisa em comum (e talvez só uma): informação constante.


@HorrorMovies - Para nós geeks (e não só para nós) o mundo dos filmes de horror/terror requerem uma atenção constante. Ainda mais quando os cinemas brasileiros não parecem dar crédito algum a filmes menores do gênero. É preciso caçar informações e filmes com dedicação, e esse twitter facilita muito. Muitas notícias boas, todas quentinhas.



@Monsterville - Nos dias de hoje, Lady GaGa é assunto que não tem fim. E esse twitter criou um mundinho próprio justamente pensando nisso. Tudo o que você quer saber - e até o que não queria - sobre a maior febre pop da década. No site tem até uma espécie de rede social para você conhecer e interagir com outros little monters (apelido da cantora para seus fãs). Idéia muito inteligente!



@outros500 - Um twitter já é capaz de juntar bastante informação. Do que seriam capazes, então, 500 twitters? O canal Multishow parou, pensou e criou esse projeto experimental onde 500 geradores de conteúdo se uniram para compartilhar e divulgar suas idéias. No que isso vai dar ainda é segredo, mas vem coisa boa por aí. E nosso redator @brunofrika está entre os 500!



@tempo_SP - Esse twitter é ótimo a título de informação diária e também é nele que você vai pensar toda vez que entrar no elevador. O típico assunto de papo-furado da humanidade é o tempo/clima. Mas também é bem útil saber se vai fazer muito frio no sábado à noite ou chover na manhã de segunda-feira. E para quem não está em SP, existem versões dele para outros 9 estados brasileiros!



@uiadiario - Todo mundo aguarda sábado e domingo como se fossem os últimos da vida. Se preparam, se depilam, combinam mil programas... E quando chega domingo à tarde, o tédio reina. Pra evitar isso, esse twitter tem ótimas dicas do que fazer o tempo todo. E mesmo para aqueles que já sabem o que fazer, é sempre bom ter um plano B, caso algo dê errado. Ótimas dicas para não cair no sofá por falta de opção.


Por essa semana é só! Não esqueçam de dar um RT pelo bem dos twitters citados. Bom final de semana!

#Frikadica

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Scissor Sisters - Night Work (2010)


A banda mais gay dos anos 2000 está de volta. Não, não são os Jonas Brothers. Scissor Siters se formou em 2001 quando o ex-stripper Jake Shears e a mulher viada Ana Matronic pegaram no microfone e nunca mais soltaram. Juntaram-se a eles o bear multi-instrumentalista Babydaddy, o baixista esquisitinho Del Marquis e o baterista Paddy Boom (depois substituido por Randy Real). O nome da banda é uma referência ao sexo entre garotas, mais especificamente a posição "tesoura", onde as 4 pernas se encaixam, se é que vocês me entendem...

Em 2004 lançaram seu primeiro álbum, Scissor Sisters, que ganhou destaque pelo cover de Pink Floyd em "Comfortably Numb", o hit "Take Your Mama" e a faixa "It Can't Come Quickly Enough" que fez parte da trilha sonora do filme Party Monster. Lembram?



Os vocais agudos e as performances escandalosas de Jake & cia. fizeram muito sucesso com uma mistura eletrizada dos vocais dos Bee Gees na época da Disco, a estética, a nudez e as guitarras do Glam-rock de Bowie e as batidas e sintetizadores do Electro-rock de Le Tigre.

Em 2006 veio o segundo álbum, Tah Dah, que ao invés de afundá-los no esquecimento como banda de poucos sucessos, os levantou ainda mais aos palcos cobertos de glitter e lantejoulas. Entre vários sucessos como "She's My Man", "Kiss You Off" e "Everybody Wants The Same Thing", o destaque maior ficou com o primeiro single "I Don't Feel Like Dancin'".



Com um som retrô e ao mesmo tempo muito moderno, Scissor Sisters ganhou um lugar praticamente reservado para os fãs, e nesse ano eles voltam com o terceiro álbum "Night Work". O título e a capa sugestivos relembram a marca da banda e o assunto preferido das músicas: putaria. E mais putaria é o que eles trazem novamente. As novidades musicais são leves. A principal mudança é o refinamento na produção eletrônica, graças ao trabalho de Stuart Price, que co-produziu quase todas as faixas."Running Out", por sua vez, ganhou um dedo de produção de Santogold.

De início, o álbum pode parecer mais do mesmo, mas por volta da quarta música é fácil notar que não passa de impressão. O electro fica em primeiro plano, deixando o glam-rock em segundo. Quase todas as faixas são muito divertidas e dançantes - além de engraçadas para quem entende inglês. Apesar de "Invisible Light" ter sido usada como teaser e divulgadora, o primeiro single é "Fire With Fire". Veja o video:




Deve ter sido uma tarefa difícil escolher as músicas de trabalho, entre tantas boas. "Harder You Get", "Skin Tight" e "Invisible Light" são apenas alguns dos grandes momentos de NW.

Para tirar suas próprias conclusões, ouça o álbum na íntegra:


01 - Night Work


02 - Whole New Way


03 - Fire With Fire


04 - Any Which Way


05 - Harder You Get


06 - Running Out


07 - Something Like This


08 - Skin This Cat


09 - Skin Tight


10 - Sex And Violence


11 - Nightlife


12 - Invisible Light



Em tempos onde cantores e cantoras tomam os pódios, prêmios, paradas e baladas é difícil uma banda pop se destacar, ainda mais estando longe do início da carreira. Scissor Sisters graças a deus rema contra a maré - e sem fazer muito esforço. We love them homos!

terça-feira, 15 de junho de 2010

M.I.A. - /\/\/\Y/\ (2010)


Desde que Mathangi "Maya" Arulpragasam apareceu no mundo da música ela tem mostrado suas garras sem medo de revoltar quem quer que fosse.

No primeiro álbum, Arular (2005), M.I.A. e seu então produtor e namorado Diplo se utilizaram de samplers de funks cariocas para criar um electro oriental que ao mesmo tempo mostrava a cara de seu país Sri Lanka e recriava o cenário musical mundial. Quem não lembra das letras políticas e furiosas ao som do sampler de Injeção (Deyse Tigrona) em Bucky Done Gun?



No segundo álbum Kala (2007), ela trouxe uma sonoridade ainda mais oriental, ao regravar "Jimmy Jimmy Jimmy Aaja", música tema do filme bollywoodiano Disco Dancer. A música já era em si uma versão de "T'es OK!", música da dupla de pop francesa Ottawan. Mais próxima da disco e ao mesmo tempo do rap, M.I.A. também lançou nesse álbum a faixa "Paper Planes", que entrou para a trilha sonora de "Quem Quer Ser Um Milionário".



E então, depois de causar alvoroço dizendo que Lady GaGa faz tudo para copiá-la, lançar um clipe violento sobre racismo e fazer uma música especialmente para responder ao um suposto assédio de uma jornalista, a cingalesa está de volta com o álbum /\/\/\Y/\ (MAYA). Inspirada na internet e na cultura de massa - e obviamente criticando-as com verbos e adjetivos fortes - ela traz um som bem barulhento e ainda mais indignado. A capa propositalmente tosca, feita de colagens de printscreens e videos do youtube, já deixa a dica de que o álbum tem uma abordagem crua e ríspida.


01 - The Message

Uma introdução ensurdecedora, citando "do Google ao governo" como os alvos do álbum. Tenham medo.

02 - Steppin Up

O instrumental é um mix de sons de furadeiras, maquinaria de fábrica, explosões e batidas secas. Um som industrial que tem como tema o papel de M.I.A. na música: subindo ao palco, dominando o microfone e dizendo o que poucas pessoas têm coragem de dizer.

03 - XXXO

Esse é o primeiro single do álbum e foi lançado no dia 10 de Maio. O som vem um pouco mais voltado ao sucesso comercial, com um apelo mais electro-funk. A letra cita twitter e iPhone, e ainda assim continua lançando farpas. "Você quer que eu seja alguém que eu realmente não sou. Abraços e beijos".

04 - Teqkilla

Essa faixa lembra de longe o Arular, com uma melodia bem puxada para o som típico do Sri Lanka. A roupagem, no entanto, é mais hardcore. Mil camadas de vozes e muitos barulhos hi-tech. Para quem gosta de electro/rock industrial, é altamente dançante.

05 - Lovalot

Com uma batida inspirada em sons africanos, M.I.A. avisa aos inimigos: "eu brigo com aqueles que brigam comigo". O título da música é só um sarcasmo, acreditem.

06 - Story To Be Told

Uma das faixas mais difíceis de digerir do álbum, STBT é quase irritante, com vocais influenciados por cantos indianos e um ritmo quase inexistente.

07 - It Takes A Muscle

A produção crua do álbum encontra seu ápice nessa faixa, que parece ter sido gravada em um karaokê. Com ecos forçados e uma melodia meio caribenha, meio jamaicana, a cantora avisa que é necessário muita coragem e força para se apaixonar por ela. Nós acreditamos.

08 - It Iz What It Iz

A mais calminha do álbum, se é que se pode descrevê-la assim. Apesar de não escapar da proposta barulhenta, ela acalma um pouco os nervos pela melodia mais devagar. Mas digamos que as mais animadas são a especialidade dela.

09 - Born Free

A música foi usada para a divulgação de /\/\/\Y/\ ao ganhar um video polêmico e bem propagado pela internet e pela TV, no qual ruivos eram alvo de uma perseguição racista. Uma espécie de neo-nazismo. A música é um electro-rock tão pesado quanto o tema do clipe (veja aqui). É difícil de digerir como ele, e acaba sendo um tanto quanto viciante, uma vez que você consiga se acostumar à violência sonora.

10 - Meds and Feds

O rock fica ainda mais presente nessa faixa, onde a guitarra é tão alta que deixaria qualquer fã de Strokes surdo. Para acompanhar, uma batida abafada cria um clima ainda mais headbanger. Quase punk.

11 - Tell Me Why

Mais uma mais amena. E nessa, pela primeira vez em /\/\/\Y/\, a voz dela se destaca, mesmo estando acompanhada de vocais recortados e batidas ecoantes.

12 - Space

Essa faixa já havia sido divulgada pela própria M.I.A. há alguns meses com o nome "There's Space For Ol Dat I See (Space Oddity)" e até um vídeo próprio. Parece ter sido um teste para ver a aceitação do público, e provavelmente ela falhou. A faixa realmente não parecia um bom momento da carreira dela, mas se encaixa perfeitamente no álbum e ganha outro contexto.

O álbum é uma boa sucessão para M.I.A., com uma sonoridade mais própria e letras que expressam melhor as idéias que ela coloca tão bem através de entrevistas e mesmo do twitter. Faz todo sentido, quer as pessoas gostem ou não. Essa é a MAYA, nua e crua. Especialmente crua.

#Frikadica

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tesourinho #8 - Nova da Björk!


O #Tesourinho dessa semana é duplamente especial! Primeiro porque a faixa é inédita e acabou de vazar. Segundo porque trata-se de Björk.

Não vamos gastar espaço e tempo relembrando os 33 anos de carreira dela, mas só a título de informação rápida, a cantora não lança nenhum material inédito desde seu último álbum Volta de 2008, e o single ecológico Nattúra, produzido em parceria com Thom Yorke (vocalista do Radiohead).

Já Ólöf Arnalds é uma islandesa menos famosa, mas também tem ganhado espaço na música por fazer parte da banda de apoio para turnês de Múm e por fazer colaborações com várias outras bandas de sua terrinha. Mas agora, ao lançar seu segundo álbum, Ólöf tem recebido ainda mais atenção por ter gravado uma faixa com Björk, um dueto chamado Surrender.

Sem mais delongas, Surrender:

Ólöf Arnalds & Björk - Surrender

#Frikadica
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