Miss Kittin está viva, e pronta para lançar um álbum duplo chamado Calling From The Stars - a capa é essa aí em cima. Eu nunca deixei de admirar essa DJ/produtora francesa, apesar de Frank Sinatra ter se tornado uma daquelas músicas que eu não consigo mais ouvir, por overdose.
Anyways, ela está voltando e já tem música nova sendo divulgada, com direito a download gratuito pelo Soundcloud (clica aqui). Life Is My Teacher foi a música escolhida para o comeback, achei boa mas não achei nenhuma maravilha. Mas vamos esperar o pacote completo pra julgar. Ouçam e vejam o que acham:
Miss Kittin - Life Is My Teacher
O tracklist do disco duplo é esse aqui:
CD 1
01. Flash Forward
02. Come Into My House
03. Bassline
04. Calling From The Stars
05. Life Is My Teacher
06. Maneki Neko
07. What To Wear
08. Night Of Light
09. Tears Like Kisses
10. Eleven
11. Blue Grass
12. See You
13. Everybody Hurts
CD 2
01. Only You
02. Cosmic Love Radiation
03. Tamarin Bay
04. Sunset Mission
05. Mind Stretching
06. Ballad Of The 23rd Century
07. What You See
08. Sortie Des Artistes
09. Silver Lake
10. I Don’t Know How To Move
Tô curtindo essa volta, mas espero que a Everybody Hurts no final do CD 1 não seja um cover de R.E.M. Ou, se for um cover, que não seja tão bizarro quanto o de Suspicious Minds, do Elvis (lembra?).
A última novidade da ex-loira tinha sido a contribuição na faixa Hide, do Kris Menace. Delicinha:
Ok, todo mundo notou que o blog tá parado, certo? Andei viajando, ~~curtindo umas férias~~, pensando numa nova cara pro blog... Mas voltei pra fazer mais uma mixtape!
Dessa vez, escolhi músicas que combinam com esse calor do Zaire que a gente anda recebendo nesse pré-verão. Eu ando ouvindo muita coisa diferente junta, então não notem que eu coloquei Ke$ha, Bat For Lashes e Crystal Castles na mesma seleção. Como tesourinho, coloquei uma participação da Ellie Goulding em uma faixa do russo/alemão Zedd que quase passou batida pra mim no meio de tanta coisa pra ouvir (sim, eu tenho mantido minha lição de casa atualizada).
Põe uma regata, uns shorts de lycra e aperta o play:
Peaches está viva! Depois de lançar 1 ou 2 álbuns mornos (quem se lembra?), fazer um musical ópera-rock, um filme em sua própria homenagem e mais um monte de outras bizarrices, a canadense está de single novo.
Na verdade, se trata de um EP com várias versões e remixes da faixa inédita Burst!. E a Peaches precisa urgente dar uma atualizada nas redes e no site oficial, porque mesmo com o EP tendo sido lançado no dia 1º, ela ainda não o divulgou oficialmente.
Das 7 versões, algumas se destacaram por trazer novos ares pra carreira meio empoeirada da DJ/cantora/produtora/performer/ex-bibliotecária: a versão fodíssima da planningtorock, o remix incrível do Bart B e o alucinante Child In Disguise Remix. Dá uma ouvida e vê se não vale a pena:
Peaches - Burst! (Original Mix)
Peaches - Burst! (Bart B More Remix)
Peaches - Burst! (planningtorock Remix)
Peaches - Burst! (Child In Disguise Remix)
Fiquei me perguntando se ela anda se drogando menos (ou mais), porque fazia algum tempo que ela não fazia algo tão renovador. Aí eu me dei conta de que o EP foi lançado pelo selo Boysnoize Record, com produção do próprio Boysnoize em parceria com XXXChange. Tá explicado.
[UPDATE]
Estreou o clipe de Burst!, e parece que alguém andou fumando crack! hahaha Gostei.
Sim, é mais migalha. Já que a Róisín Murphy não tem nada grande planejado - além de mais um bebê a caminho, segundo as fotos que ela tem postado no Facebook - a gente fica esperando coisas menores. E ok, ela até tem dado a cara com alguma frequência, na forma de featurings e colaborações.
Foi assim com Flash Of Light, parceria com Luca C & Brigante lançada há um mês (ouça aqui), e agora de novo com a inédita Simulation. E para quem está esperando um club hit como Let Me Know, pode tirar os pôneis irlandeses da chuva. Parece que ultimamente ela está determinada a criar músicas perfeitas para a trilha sonora de um desfile; nos headphones, elas não chegam a ser tão empolgantes. Isso não significa que são ruins, é claro.
O EP contém não só o mix original - com ONZE MINUTOS E MEIO de duração - como também um dub mix (boring) e um remix excelente assinado pelo seu compatriota Mano Le Tough. Respira fundo e dá play como música de fundo.
A semana já começou bem! Quem também está de clipe novo são os canadenses do Dragonette. Para quem não sabe, o disco Bodyparts vazou na semana passada e parece ter dividido bastante as opiniões. Com exceção de 3 ou 4 faixas da primeira metade, que não me conquistaram de primeira, achei o trabalho bem bom.
Com um apelo ainda mais pop do que as últimas investidas da banda, eles já haviam divulgado o divertido clipe de Let It Go (veja aqui), e agora é a vez de Live In This City. A música, que para mim está entre as mais fracas da tracklist, ganhou uma abordagem debochada nas mãos da diretora Wendy Morgan - que já havia trabalhado com eles, além de já ter dirigido clipes de Janelle Monáe, Gnarls Barkley e Bloc Party.
Se a Cat Power estava caçando zumbis (veja aqui), Martina, Dan e Joel saem pela cidade transformando cidadãos comuns em hookers/drags/fierce bitches.
O vídeo é tão legalzinho que já estou gostando mais da música. E não é ótimo ver Dan e Joel aparecendo mais junto com a Martina, pra variar? Já tô vendo as chaser caindo de amor pelo baterista Joel Stauffer (o urso).
Lá vamos nós comer migalhas da Róisín Murphy, que há anos vem prometendo um comeback de verdade. Pelo menos dessa vez vazou uma faixa inteira, e em versão final.
Flash Of Light faz parte de um EP que a cantora está lançando em parceria com os italianos Luca C & Brigante. Ao contrário da primeira versão que apareceu na web, um remix do Solomun (que você pode ouvir aqui), a original ficou bem legal e com o tamanho certo - mesmo tendo 6 minutos.
Ouve aí e me diz o que acha:
Róisín Murphy - Flash Of Light (with Luca C & Brigante)
Segundo a Róisín, ela já acompanhava e admirava a música do duo italiano e sempre achou que fosse como uma "o som de uma festa no final do mundo", e que a parceria tem exatamente essa inspiração. Um disco renovador, mas ao mesmo tempo apocalíptico.
Outra faixa do EP será Non Credere, um cover da cantora Mina cantado em italiano, que até agora só teve um pequeno trecho circulando pela internet. Parece boa, mas mais calma: http://youtu.be/OITABcM_D8o
Ok, dessa vez eu deitei e rolei na escolha das faixas. Coloquei até duas da Grimes - apesar de que uma delas é um featuring - e misturei o hip-hop eletrônico do Death Grips com o dance-pop dos Scissor Sisters. E só para não ficar muito 2012, joguei um Kleerup feat. Lykke Li lá de 2008.
Enquanto a gente fica na espera de mais clipes - e do novo álbum vazar - já dá para ouvir mais umas inéditas dos canadenses do Dragonette.
Rocket Ship foi a segunda faixa do novo álbum Bodyparts a circular pela internet, seguida pelo novo single, Live In This City. (A primeira foi o single Let It Go, que vocês viram aqui ó)
Vamo ouvir?
Dragonette - Rocket Ship
Dragonette - Live In This City
Só eu ainda não estou totalmente convencido de que o novo disco será tão bom quanto os dois primeiros? Não sei, me parece uma tentativa forçada de chegar ao mainstream - e não sei se isso vai acontecer com essas músicas.
Aliás, aqui está a capa do Bodyparts. Achei bem fofa:
Se tem uma coisa boa de fazer mixtapes com intervalos tão grandes entre uma e outra, é que dá tempo de juntar várias novidades ótimas numa lista só. E é exatamente isso que eu fiz de novo.
Dessa vez, me concentrei em um indie eletrônico com alguns toques de rock - Gossip, vuvuVultures e Metronomy, por exemplo. E quem nunca havia dado as caras por aqui é a Grimes - simplesmente por eu achar que muita gente já conhecia, então não tinha necessidade de dar como "notícia".
Pois bem, esses ingleses (opa, tem uma brasileira no baixo, a Nicole) tem uma carreira relativamente curta, mas o som não demonstra. Com apenas um EP no currículo - o breve e alucinante VVV - a banda já arregaçou as mangas e deixou claro que não é iniciante.
O rock com toques eletrônicos quase beira o grunge em alguns momentos, e empresta referências do punk e até dos mestres do Primal Scream. A vocalista Harmony Boucher parece ter várias vozes diferentes, uma pra cada música - além de se transformar no palco, lembrando os performáticos do Crystal Castles e Peaches.
O lançamento mais recente foi o clipe de I'll Cut You, última faixa do EP. A atmosfera de pesadelo é densa, e tem até uma referência ao monstro do Labirinto do Fauno. A direção de arte não deixa nada a desejar, e transforma a música em trilha sonora de um mau presságio. Fantástico:
O primeiro vídeo do Vuvuvultures foi Pills Week, que tem uma estética um bem mais leve, e até bem humorada.
E posso dizer mais uma coisa? Estou me rasgando pela t-shirt e pelo moletom da loja oficial da banda. Olha isso!
A parceria inusitada da M.I.A. com Madonna pode não ter rendido bons frutos para o MDNA, mas é claro que a inglesa/cingalesa saberia tirar proveito do contato.
Não se sabe se ela fuçou no porta-cartões da Madonna ou se elas simplesmente trocaram figurinhas estrategicamente, mas o fato é que a inglesa/cingalesa tem música inédita circulando na internet, produzida por William Orbit. Lembram dele? Responsável pelo Ray Of Light, um dos melhores discos da Madge, na minha opinião.
Como bom produtor, ele não apagou totalmente a personalidade da rebel/rapper/produtora, mas com certeza deixou o som diferente do normal para ela. Mais limpo, sensual e com vocal mais "afinado". Difícil descrever a parceria sem ouvir:
M.I.A. - Baby
E aí, curtiram? Achei legal, mas não sensacional. Tô torcendo pro novo disco manter a pegada dirty tão característica dela.
Eu apertei o play no clipe de Restless sem ter ideia do que ia aparecer. Pela capa do álbum, achei que seria uma top model tentando cantar - e não conseguindo. Pra minha sorte, a música que eu ouvi foi muito mais intensa e bem produzida do que imaginei.
Lendo um pouco a respeito da sueca Karin Park, não me assustei quando descobri que um dos produtores do seu quarto (!!!) álbum - e primeiro lançado no Reino Unido - é Christoffer Berg, parceiro do projeto Fever Ray. A comparação com artistas conterrâneos dela como Niki & The Dove já estava se formando na minha cabeça, e depois de saber dessa parceria, foi inevitável.
O visual me lembrou outra sueca, a fofuxa Robyn, e a melancolia dessa música em específico também. Mas as semelhanças acabam aí. Highwire Poetry é um álbum pesado, tanto nas letras quanto nas batidas que variam do synthpop ao (eca) dubstep, tudo com bom gosto. Me senti olhando uma poça de água preta. É lindo, é triste, e eu não tenho muita noção do que existe lá no fundo.
Pra ficar hipnotizado, o clipe de Tiger Dreams:
Mais uma vez, fico me perguntando: o que diabos fazem com as crianças na Suécia, que o talento brota desse jeito?
Quando será que os sul-africanos do Die Antwoord vão fazer um clipe ruim? Deboche, armas, sexo e looks tão ridículos que dá vontade de copiar. Essa fórmula podia ser repetitiva, mas não é.
Acabou de estrear o clipe de Baby's On Fire, uma das minhas preferidas do álbum Ten$ion. A direção é do próprio Ninja, em parceria com Terence Neale, diretor de propagandas esdrúxulas pra clientes corajosos.
A semana tá corrida, mas várias pessoas vieram me pedir uma mixtape - com razão, eu estou devendo há um bom tempo - e eu resolvi ~~agradar~~.
Dessa vez, meio sem querer, comecei com uma boa dose de rock (ou pop-rock, pros xiitas) e acabei partindo pros meus electros e synthpops. E claro que eu tinha que colocar uma pontinha do Sónar 2012, com a faixa do Totally Enormous Extinct Dinosaurs, um dos melhores shows na minha opinião (leia mais aqui e aqui). E eu sei que abri com os farofas dos Ting Tings, mas essa música é boa de verdade! :)
Let's!
01. The Ting Tings - Guggenheim 02. Garbage - Battle In Me 03. Metric - Youth Without Youth 04. Passion Pit - Take a Walk 05. Clock Opera - Man Made 06. Totally Enormous Extinct Dinosaurs - Stronger 07. Toddla T. - Cherry Picking (feat. Róisín Murphy) 08. CocoRosie - We Are On Fire 09. Woodkid - Iron BÔNUS: Björk - Crystalline (Current Value Remix)
Sábado foi um dia mais tranquilo no que diz respeito à organização do Sónar São Paulo, com exceção do atraso em praticamente todos os shows. As portarias estavam mais tranquilas e os acessos, facilitados. Pra mim a noite foi mais corrida, porque havia mais shows que eu queria ver.
Mogwai
Comecei a noite com o show dos escoceses do Mogwai no auditório SonarHall. O rock ambiental (ou pós-rock) lotou o auditório e fez todo mundo ficar quietinho enquanto eles passeavam entre sons límpidos e ruídos ensurdecedores. Não sou fã da banda, mas o show foi excelente. Saí um pouco antes do fim para tentar assistir um pouco do Cee Lo Green.
Trechinho do show:
Cee Lo Green
Eu praticamente não tenho cacife pra falar desse show, considerando que eu peguei apenas as duas últimas músicas. O gordito da voz fina estava com nada mais do que uma regata branca e conversando bastante com a plateia, sendo super simpático. Depois tocou Crazy, do Gnarls Barkley, da sua dupla com Danger Mouse, e emendou com a mais famosa, Fuck You. Pelo que percebi, o pessoal estava bem empolgado e o americano deve ter alegrado os fãs.
Justice
Mais um show que me deixou de boca aberta. Eu tinha certo trauminha de ver o Justice ao vivo, depois da apresentação xoxa que eles fizeram no Skol Beats em 2008. Mas desde os primeiros segundos, eles mostraram que dessa vez fariam diferente. Metade do show foi baseado no último álbum, Audio Video Disco (2011), e grande parte com os vocais do hit Civilization. A outra metade não deixou o ritmo cair e não vi uma pessoa que não estivesse empolgada, teve inclusive uma pausa de quase 1 minuto onde os dois brincaram de estátua no mais completo silêncio. O ápice foi a faixa Audio Video Disco, que encerrou o show.
Totally Enormous Extinct Dinosaurs
Sabe quando você espera muito de um show e acaba se decepcionando? Esse não foi o caso. Depois de ouvir o disco do TEED por dias seguidos, minha expectativa era alta. Ele entrou no palco 20min antes do previsto e me calou a boca. Foi a única vez durante o festival que eu fiz questão de estar na boca do palco, e dancei muito. O inglês magrelo Orlando Higginbottom e não desapontou nem por um segundo, tanto cantando quanto operando as 3 mesas de som sozinho. Ele ainda teve tempo de soltar um rojão de confete enquanto tocava um samba remixado em homenagem à visita ao Brasil. Ele conseguiu ser o último a tocar no festival e não deixar ninguém dormir em pé. <3
Resumão
Meus preferidos:
1. Kraftwerk
2. Totally Enormous Extinct Dinosaurs
3. Austra
4. Justice
5. Mogwai
Problemões do Sónar:
- Fila gigantesca na primeira noite misturando compradores e pessoas com vouchers;
- Falta de sinalização das localizações e atrações que estão tocando no momento;
- Falta de informação dos funcionários;
- Falta de caixas automáticos (que haviam divulgado que teriam);
- Horários dos shows completamente atrasados;
- Um barraco que rolou entre um gerente de palco e o Mogwai (olha aqui);
- Várias pessoas relataram furtos dentro do evento.
Mesmo assim, houve muitos acertos da organização e deu pra aproveitar bastante coisa. Não havia filas intermináveis para comprar ficha, pegar bebida e comida, os preços lá dentro não eram absurdos, e não estava insuportavelmente lotado (o espaço era enorme e bem aproveitado). Isso já é uma vantagem enorme em cima de quase todos os outros eventos (e até festas e baladas) da cidade.
Queria ter tido tempo para ver outras apresentações que foram bem comentadas, como Chromeo, Gang do Eletro e outras. E vocês amgs, que show vocês gostaram mais?
Na noite de sexta-feira saí correndo de casa - atrasado pra variar - e cheguei no Anhembi às 21h40. Com meu voucher na mão, me deparei com uma fila de aproximadamente 2.000 pessoas que começava na bilheteria do evento e acabava no escuro. As caras de desespero e indignação eram de se entender, já que a fila misturava pessoas que ainda iriam comprar seus ingressos e pessoas que haviam comprado pela internet há dias, semanas, meses (meu caso). Havia gente esperando há 1 hora.
Faltando 15 minutos para a atração mais esperada do festival, e as reclamações no lugar e nas redes sociais colocaram os organizadores contra a parede. Felizmente eles tomaram a atitude correta e liberaram 2 portões para as pessoas que estavam com seus vouchers poderem entrar mais rapidamente.
Kraftwerk
Os alemães do Kraftwerk entrariam no palco às 23h, mas graças a um atraso na programação, o show deles começou por volta das 23h30. Para a minha sorte, deu tempo de pegar desde o início - e foi o melhor show da noite. Ao contrário do esperado, eles não abriram com Man Machine, mas com The Robots. Todo mundo com seus óculos 3D acompanhou os 4 estáticos no palco com entusiasmo durante a uma hora e meia de espetáculo. Fiquei de cara e emocionado, assistir a esses caras tem uma importância histórica, além de sentimental. Não há muito mais o que dizer, os caras inventaram a música eletrônica e ainda são mestres na área. Pra quem estiver muito curioso, aqui tem um vídeo com uma qualidade bem baixa.
Algumas fotos que eu tirei:
Little Dragon
Ainda meio embasbacado com o Kraftwerk, resolvi reconhecer o terreno e pegar o show do Little Dragon no SonarHall, que começou à 1h em ponto. Só que como o espaço do evento estava bem mal sinalizado e muitos funcionários estavam mal informados, demorei algum tempo para descobrir onde ficava o outro palco. Consegui pegar uns 45 minutos de um show barulhento (no bom sentido) e muito bem arrumado dos suecos. Yukimi Nagano, a vocalista, estava bem à vontade com o palco pequeno e com a grande quantidade de pessoas sentadas nas cadeiras do auditório. Foi um show bem legal, e mesmo quem estava sentado balançava a cabeça e batia os pés.
Pra ter uma ideia:
Austra
Melhor surpresa do festival, pra mim. Curtia o disco dos canadenses, mas ao vivo eu tinha medo de dar tudo errado - especialmente pelo timbre da vocalista Katie, estridente e bem peculiar. E no fim das contas elas funcionam ainda melhor no palco. As backing vocals - estou ignorando o rapaz que tocava teclado praticamente de camiseta e cueca, a baterista com óculos Restart e o baixista escondido no fundo do palco Dorian Wolf - pareciam saídas do circo. Uma delas estava de pijama estampado e cabelos desgrenhados, poderia ser a terceira irmã das CocoRosie, a outra era parecidíssima com a Andrea Caracortada, do Almodóvar. Enquanto isso Katie dançava, gesticulava muito e soltava o vozeirão, que ecoava pelo SonarHall. Visualmente e musicalmente impressionantes!
Fiquei meio triste de não ter visto Chromeo (que muitos colocaram na lista dos preferidos) e o DJ set do James Blake. Mesmo assim, para um primeiro dia, eu estava mais do que satisfeito. Os erros do Sónar São Paulo 2012 foram feios, mas os shows impressionantes fizeram valer. E isso foi só no primeiro dia.
Só eu estou meio perdido no meio de tanto lançamento, esses dias? Hoje é a vez dos canadenses do Dragonette, liderados pela vocalista Martina Sorbara.
Let It Go tem produção da própria banda, o que não acontecia há algum tempo, já que eles estavam investindo em colaborações com Don Diablo, Martin Solveig e Kaskade, por exemplo. Quem dirigiu o vídeo foi o também canadense Drew Lightfoot, que já trabalhou com Racounters e The Cure.
Achei divertidinho, mas que cabelo é esse, Martina?
O próximo álbum do grupo ainda não tem nome nem data de lançamento.
Só eu estou agoniado com essa demora nas novidades da M.I.A.? Depois de gravar as participações medonhas no novo álbum da Madonna e lançar o clipe F.O.D.A. de Bad Girls (assiste aqui) ela só deu sinal de vida há umas semanas no Twitter, quando pediu ajuda aos followers para escolher o nome do próximo disco.
E daí hoje (pleno sábado), ela disse que está tão empolgada com as gravações que resolveu divulgar uma delas. Come Walk With Me (ou o que deve ser apenas um trecho dela) vem acompanhada de um vídeo bem caseiro:
Ela demorou um pouco, mas já dá pra sair chacoalhando de novo!
Não que eu esteja torcendo, mas será que Niki & The Dove não dão uma bola fora? Depois de dois EPs lindos, o projeto sueco se prepara para lançar seu álbum debut, Instinct (a capa é essa aqui em cima).
Para começar a divulgação, eles lançaram o clipe da inédita Tomorrow, que segue no caminho electro-dramático dos outros trabalhos. Sem errar um segundo, o instrumental e os vocais impecáveis são grudentos e ao mesmo tempo bem trabalhados e refinados.
O vídeo também não deixa a desejar em nenhum momento, a direção de arte, a fotografia e o figurino são de matar.
Tanto o álbum quanto o single serão lançados no dia 14 de maio, e é mais um dos discos que já estão na lista de melhores do ano antes mesmo de eu ter ouvido. High expectations? Sim!
E pra quem ainda não viu, o último single de N&TD foi DJ, Ease My Mind, que também é uma mini obra prima:
Já ouviram falar em Clock Opera? O grupo inglês tem apenas alguns (ótimos) singles lançados - inclusive pela Kitsuné - e um primeiro disco marcado para mês que vem.
E uma das melhores faixas já divulgadas por eles é o próximo single, Man Made, que ganhou um clipe muito bonitênho. Inversão de papéis, casais fora dos padrões... Poderia ser antropológico/sociológico, se não fosse tão emocionante. E o som também é f*da:
Diz: não é lindo?
O álbum de estreia do grupo, Ways To Forget, será lançado no dia 23 de abril pela Moshi Moshi / Island Records, e a capa é essa que você vê no início do post.
