Demorou, demorou, demoroooooou... Mas chegou. Antes de qualquer coisa, vocês devem saber quem é Sia. Para isso, é só ler esse post aqui.
Uma vez informados, vocês com certeza estão afoitos para ouvir o novo álbum, e a boa notícia é que ele acabou de vazar. Esse trabalho é indiscutivelmente um nascimento para Sia, pelo simples fato de ser um mergulho de cabeça no mundo pop. Ao mesmo tempo que o gravou e produziu, Sia trabalhou em parceria para várias faixas do novo álbum da Aguilera (ouça aqui) além de gravar uma faixa para a trilha sonora de Eclipse e uma para o álbum de Fatboy Slim com David Byrne. A moça andou ocupada, mas definitivamente não deixou a criatividade diminuir por isso.
Leiam a resenha exclusiva e ouçam em primeira mão, faixa a faixa:
01. The Fight
Desde que a faixa vazou junto com outras 5, estava óbvio que seria a primeira do álbum, com o coro de crianças cantando "we are born, we are born". The Fight dá a impressão de ter sido gravada em uma festa, e é isso que dá vontade de fazer: juntar um monte de gente num apartamento e colocar o volume no máximo. A letra é um hino otimista sobre sair da escuridão em direção à luz, lutar e ganhar.
02. Clap Your Hands
Primeiro single do álbum, ela com certeza é uma das mais agradáveis para quem não conhece a moça e para os fãs de pop. Com uma roupagem mais comercial, Sia continua trabalhando temas dançantes carregados de elementos do electro misturado com indie-rock. O clipe é um dos mais divertidos que você vai encontrar atualmente, tem passado até no MTV Lab.
03. Stop Trying
O álbum ganha ares de anos 80 nessa terceira faixa com a bateria acompanhada de palmas, mais coro infantil e xilofone. Divertidíssima e eletrizante, Stop Trying é um aviso para aquelas pessoas que se esforçam demais para serem amadas. Para dançar como Billy Idol.
04. You’ve Changed
Mais uma animadinha, e dessa vez o indie-rock parece dar um passo à frente do pop. Dá para imaginar uma banda inglesa - Friendly Fires, por exemplo - gravando essa música. A guitarra e o baixo acompanhando a bateria dão um ar meio Franz Ferdinand, enquanto os efeitos dos sintetizadores lembram a tendência nu-rave que invadiu o rock britânico há alguns anos (vide Klaxons e Hadouken!). Ela também ganhou um clipe sensacional.
05. Be Good To Me
Primeira música calma do cd, ela é bem diferente das composições melódicas típicas da cantora. Com rock na veia, Be Good To Me tem influências fortes do Soul americano onde a melodia é forte e acompanhada de um vocal muito bem trabalhado. Cantoras como Alicia Keys fariam uma interpretação quase tão boa quanto a de Sia.
06. Bring Night
Talvez a melhor faixa de We Are Born, Bring Night é das músicas mais contagiantes e fáceis de grudar na memória feitas recentemente. O refrão principal não tem letra, o que já um passo para torná-la um chiclete. Potencial enorme para ser single e ganhar mais um clipe daqueles feitos com 100 dólares e idéias absurdas.
07. Hurting Me Now
Pela primeira vez em WAB, Sia canta sobre amor. E apesar da letra falar de mágoas passadas por falta de aceitação com a namorada JD - se é que as músicas dela são tão auto-biográficas - Hurting Me Now é um som divertido, acompanhado de sinos e uma melodia que lembra rocks inocentes dos anos 1950.
08. Never Gonna Leave Me
O rock indie parece ter entrado mesmo no repertório oficial, e a oitava faixa, apesar de não ser das mais marcantes do lançamento, é divertida e levemente melancólica. As influências do rock/new wave dos anos 1980 reaparecem para nos fazer dançar rapidinho, chutando o ar e batendo palmas.
09. Cloud
Até agora Sia parecia estar dançando tanto que o fôlego não aparecia. Mas em Cloud ela nos lembra que sua voz é forte, retumbante e doce. Essa balada é um rock quase folk com ecos retrô e acompanhamento quase imperceptível de violinos e piano.
10. I’m In Here
Essa é outra das faixas que haviam sido colocadas no próprio site da cantora há algumas semanas, e parece ter sido puxada direto da época do álbum Colour The Small One (2004). Melodia composta no piano, com bateria simples, marcante e vocais multiplicados e melancólicos. Uma faixa que se destaca do resto de WAB pela tristeza e frieza de produção.
11. The Co-Dependent
Mais uma prova de que Sia bebeu na fonte de Siouxsie, Tears For Fears & cia. Ela é outra música meio interlúdio, sem grande importância em comparação a outras. Mas as partes cantaroladas sem letra mais uma vez grudam na memória e trazem uma simpatia instantânea.
12. Big Girl, Little Girl
Essa também era uma das 6 faixas já apresentadas, e carrega para esse álbum pop toda a força indie/roqueira dessa nova faceta de Sia. Além da guitarra, a música ainda conta com um final ao piano que lembra muito suas músicas de 2004. Começa feliz e acaba emocionante.
13. Oh Father (Madonna cover)
Dessa música provavelmente só os maiores fãs de Madonna se lembrarão. Ela é um single do quarto álbum da rainha do pop, Like A Prayer. Não fez lá muito sucesso na época, mas não significa que não seria digna de uma regravação tão boa quanto essa. Isso porque mesmo sendo pop, Sia não gosta de ser óbvia. Ponto pra ela. Para quem quiser ouvir a original, dá uma olhada nesse video.
14. Hold Me Down
A única faixa do álbum a não vazar com o resto. Seria um bônus? Uma faixa fantasma? Um mito? Aguardem mais informações.
We Are Born foi esperado por semanas, mas após ouvi-lo cheio de expectativas é impossível não concluir que é um álbum excelente, daqueles raros que podem - e devem - ser ouvidos do início ao fim sem pular uma faixa sequer. Além de ter uma produção impecável e trazer a pouco conhecida cantora ao universo pop sem deixar a alma indie se corromper, o trabalho parece ter sido feito por crianças-prodígio que não pensaram em outra coisa que não fosse diversão pura. Nota 10.
#Frikadica
3 comentários:
Adorei o review ao álbum.
Excelente mesmo.
Excelente blog já agora ;)
:)
como eu adorei esse album *-*
eu já amava o "Some people have real problems", gente, muito bom mesmo!
A musica Bring Night é umas das faixas que compõe o repertorio musical do jogo Fifa Word Cup 2010
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