Grace Jones é daquelas mulheres que todos deviam pagar pau. Eu pago. Por quê? Porque ela faz bem TUDO o que faz.
Imagina você, mulher negra, imigrante da Jamaica, modelo, solteiraça, tentando fazer sucesso nos EUA. Impossível, né? Mas ela conseguiu. Já tinha estudado teatro quando começou a fazer sucesso em Nova York e Paris pela sua beleza "exótica". O termo é sempre usado praquelas que não são loiras de olhos azuis e vestem roupinhas comuns.
Primeira modelo negra a fazer sucesso internacional, Grace Jones bocejava e imaginava que deveria haver coisas muito mais divertidas a se fazer do que servir de cabide humano e posar pra capa de revista. "O que fazer? Já sei, vou cantar!" Hoje essa idéia é comum e muitas vezes acaba em desastre (vide Naomi Campbell), mas na época era um tanto quanto inédita e absurda. Mas foi o que ela fez, e se deu muito bem. Na década de 1970, ela lançou 3 álbuns que fizeram muito sucesso nas baladas e, obviamente, entre as colegas gays.
O grande destaque da época foi seu cover de "La Vie En Rose", de Piaf:
Ela virou uma das musas do Andy Warhol e habituée do Studio 54. Party girl 24h por dia, Grace Jones nunca viu o fundo do poço. A década de 80 foi uma continuação do sucesso pra ela, com álbuns muito bem recebidos como "Warm Leatherette" e "Night Clubbing". Dos covers, Jones começava a criar seus estilo também fora das passarelas, com algo que misturava o New Wave (novidade da década) e o electro que só surgiria muitos anos depois.
Entre covers de Sting, The Normal, Pretenders, Ástor Piazzolla, e Roxy Music, a faixa "Nightclubbing" (originalmente na voz de David Bowie) foi uma das mais aclamadas. Veja a apresentação de Jones cantando Bowie no Fashion Rocks 2003:
Ela continua seguindo como cantora, modelo e atriz, e é sinônimo de carão pra todo mundo que entende de moda e pra maioria que entende de pop underground. Isso porque mesmo com todo o sucesso e a exposição Grace Jones continua sendo uma artista fora do mainstream, considerada ainda como subversiva e referência visual pra muita GaGa por aí.
E por falar em GaGa, esses dias ela convidou Jones pra gravar um dueto e sabe o que ela recebeu como resposta? "Não."
Mas por que, Grace?
"Porque eu prefiro trabalhar com alguém que seja original e alguém que não esteja me copiando".
(Leia a notícia aqui.)
Depois de uma pausa de nove anos na carreira de cantora, ela lançou em 2008 o álbum "Hurricane", com o qual voltou a fazer os fãs dançarem e cantar engrossando a voz. Veja o clipe de "William's Blood":
Esse semana, Grace Jones, aos 62 anos, lançou seu novo single "Love You To Life", ainda retirado do álbum "Hurricane". A melhor versão é o remix de Pitron & Sanna. Ouça aqui:
Grace Jones - Love You To Life (Pitron & Sanna Remix) by brunofrika
O fôlego dessa mulher não acaba, então é muito provável que em breve ela volte com alguma novidade musical ou da moda. É só esperar, assim que sair ela aparece aqui no Frikadica de novo!
#Frikadica
2 comentários:
O clipe do single Corporate Cannibal é deveras perfeito!
Chega a me assustar algumas vezes ...
Amo.
O Puffy Daddy gravou uma música com ele no último disco dele.
Diddy-Dirty Money - Yeah Yeah You Would (Feat. Grace Jones)
http://www.youtube.com/watch?v=tgbnpofVVyk
http://www.youtube.com/watch?v=m1bcod31mQw
Troglô
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