quarta-feira, 21 de abril de 2010

Finalmente! Robyn - Body Talk Pt. 1!!!



Demorou e veio em gotinhas, mas agora o álbum novo da sueca Robyn finalmente vazou na íntegra. Body Talk Part 1 faz parte de uma trilogia de álbuns que a cantora vai lançar esse ano.

O álbum tem produções assinadas pelo Kleerup, parceiro da Robyn desde "With Every Heartbeat", além de Diplo (produtor da M.I.A.) e a dupla Röyksopp. O clima tem algumas coisas em comum com o último álbum dela, como os gemidinhos e os trocadilhos sexuais espalhados pelas letras. A produção já é bem diferente. As batidas passam do propositalmente tosco para uma frieza robótica. O resultado? Músicas pop ótimas de dançar, com refrões grudentos e melodias viciantes.

Um faixa-a-faixa rapidinho:

BTP1 abre com "Don't Fucking Tell Me What To Do", uma música que poderia muito bem ser da Gigolo Record, algo gravado pela Miss Kittin. Batida pesada e repetitiva, e a letra é uma sucessão de frases faladas. Tudo está matando a Robyn: a bebida, o fumo, a cabeça, o dinheiro, as costas, o pescoço, o e-mail, as horas, a fala, as compras, os homens, a mãe, a TV.

A segunda faixa, "Fembot", foi uma das primeiras a vazar. O clima já é mais fofinho, e a robotização é o tema da cantora mais uma vez. Ela é gostosa, ela é tecnológica, mas ela também tem sentimentos. E uma capacidade de soltar 1000 palavras em 10 segundos. Tenha medo.

"Dancing On My Own" volta ao clima mais pesado da primeira faixa, mas ao invés das frases irônicas, ela solta farpas a um ex. Música dor-de-cotovelo MESMO. O cara deu um pé na Robyn e tá com outra, e segundo a cantora, a nova não é tão boa na cama. Enquanto se queixa pra nós, ela sofre calada no canto da balada... Tinha que ser produção do Kleerup (mesmo de "With Every Heartbeat")... Emo. Oi?

A faixa 5 é "Cry When You Get Older". É uma batidinha alegre e feliz, algo como um remix de Lily Allen. A letra é fofa e fala de uma garota meio perdida na vida, e a cantora está dando conselhos pra ela. "Amiga, não perca tempo se lamentando. Anda com fé, chora quando for mais velha". E daí em diante são conselhos pra juventude em geral. Boa ação do dia da Robyn.

A sexta faixa, "Dancehall Queen" é produção assinada pelo Diplo. Ao invés dos funks criados pra sua namorada M.I.A., ele resolveu dar uma variada e preparou pra nossa Robyn uma faixa semi-reggae. E nela Robyn mostra novamente toda sua auto-estima. Ela é a rainha da pista de dança, sai da frente que ela tá anti-social. E a música também é legal porque dá pra dançar pulando num pé só! Marley style.

"None Of Dem", a sétima faixa, foi produzida pela dupla Röyksopp, e tem um climão meio futurista, meio filme de terror. Ela veio reclamar de tudo e todos de novo. Nada é bom demais pra ela, nem tão bom quanto ela. Entediada com a cidade, as músicas e as pessoas. "Me leva pra longe daqui". Alguém reconhece isso?

A penúltima é "Hang With Me (acoustic)". Com ela, podemos concluir duas coisas. 1) A Robyn não precisava colocar uma música lenta e romântica no álbum. 2) Ela deve lançar essa música em sua versão mais animada em uma das próximas partes do projeto Body Talk. Mesmo assim, a música é bem bonitinha, e mostra melhor a voz de menina que ela tem. E a produção é bem legal, só nas cordas e piano.

O álbum fecha com "Jag Vet En Dejlig Rosa". Bom, meu sueco está meio enferrujado e ainda não há traduções da letra por aí. Então vamos apenas dizer que talvez seja uma música de ninar escandinava. Os amantes de rock gótico ouvirão todo dia antes de dormir. Eu passaria nas próximas vezes que ouvir o álbum. É boazinha, masszzzz...

Abaixo, a tracklist e a capa:



01. Don't Fucking Tell Me What To Do
02. Fembot
03. Dancing On My Own
04. Cry When You Get Older
05. Dancehall Queen
06. None Of Dem
07. Hang With Me (Acoustic)
08. Jag Vet En Dejlig Rosa


#Frikadica

3 comentários:

andersontomaz disse...

posso falar???


muito bom³³³³


apesar de preferir o Robyn

F. Bassetti disse...

meu... tá tão dificil de encontrar bom e que me alegra! a Robyn é fdp! O ALBUM É DO CARALHO! MUITO BOM!

Rafael Noleto disse...

Ótimo álbum e ótima resenha.
Muito bem escrita, revela a essência de cada música.

Só discordo em um ponto: em comparação a faixas como "Dancing On My Own" e "None of Dem" (minhas preferidas), as alegres "Fembot" e "Cry When You Get Older" parecem bobinhas demais. Dispensáveis.

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