Alexander McQueen (1969-2010)

Alexander McQueen, nascido Lee McQueen, morreu hoje. isso todo mundo já sabe. Ele foi encontrado hoje de manhã, enforcado em sua própria casa. Dizem por aí que foi por causa da perda de sua mãe há poucos dias.

Mas o que você sabe sobre esse estilista londrino? Ele era filho de um taxista e desde pequeno desenhava vestidos para suas irmãs. largou a escola aos 16 anos e começou a trabalhar com alfaiates, com clientes como príncipe Charles e Mikhail Gorbachev. Daí pra frente sua fama só cresceu. em 1996, com apenas 27 anos, ele assinava coleções da marca francesa Givenchy.

Anos foram passando e McQueen ganhava prêmios e mais prêmios de design e moda. em 2001, adquiriu 51% da marca Gucci e se tornou seu diretor criativo. Você provavelmente já ouviu falar em um famoso desfile em que suas modelos eram peças de xadrez. Era sua coleção Primavera/Verão 2005:

McQueen era estilista favorito de muitos artistas, inclusive da nossa amigona Björk. Ela vivia usando peças do inglês, e numa edição memorável do Fashion Rocks, ela cantou durante um desfile do estilista. outro acontecimento memorável:

Por conta da sua amizade com a islandesa, o inglês já até arriscou dirigir um video dela, que aliás é incrível. Alarm Call é uma brincadeira com o estilo pirado da cantora, e até o vestido que ela usa é assinado por McQueen:

Björk ainda deve a ele o vestido/quimono que ela veste na sua capa mais famosa, em Homogenic. Fotografada por Nick Knight, ela encarna uma gueixa moderna e assustadora. lembra disso?

McQueen era um estilista que sabia muito bem como aliar os exageros da moda conceitual à adaptabilidade da moda de rua. Uma prova disso foi um dos seus últimos sucessos, sua parceria com a Puma em 2005, na qual assinou uma coleção bem legal de tênis e sapatos que fizeram nossos olhos crescerem. Até o site é um colirio, dá uma olhada aqui.

  

Em 2007 seus clientes famosos contavam com Rihanna e Lady GaGa na lista. Sua marca McQ sempre era destaque nas edições das semanas de moda de Londres e Paris. Sua última coleção masculina brincava com estampas barrocas inspiradas em papéis de parede em tons de bege e marrom metalizados e cobre. Já a feminina contou com robôs gigantescos dando um clima futurista que casava com as modelagens bem estruturadas. A maquiagem, as estampas e formas apontavam a inspiração na cultura japonesa.

Quem trabalha com moda ou acompanhava o trabalho do estilista, sabe que a perda é grande. Espero que as novas levas de estilistas e apreciadores que estão saindo do forno não se esqueçam do trabalho desse artista.


#Frikadica