Na noite de sexta-feira saí correndo de casa - atrasado pra variar - e cheguei no Anhembi às 21h40. Com meu voucher na mão, me deparei com uma fila de aproximadamente 2.000 pessoas que começava na bilheteria do evento e acabava no escuro. As caras de desespero e indignação eram de se entender, já que a fila misturava pessoas que ainda iriam comprar seus ingressos e pessoas que haviam comprado pela internet há dias, semanas, meses (meu caso). Havia gente esperando há 1 hora.
Faltando 15 minutos para a atração mais esperada do festival, e as reclamações no lugar e nas redes sociais colocaram os organizadores contra a parede. Felizmente eles tomaram a atitude correta e liberaram 2 portões para as pessoas que estavam com seus vouchers poderem entrar mais rapidamente.
Kraftwerk
Os alemães do Kraftwerk entrariam no palco às 23h, mas graças a um atraso na programação, o show deles começou por volta das 23h30. Para a minha sorte, deu tempo de pegar desde o início - e foi o melhor show da noite. Ao contrário do esperado, eles não abriram com Man Machine, mas com The Robots. Todo mundo com seus óculos 3D acompanhou os 4 estáticos no palco com entusiasmo durante a uma hora e meia de espetáculo. Fiquei de cara e emocionado, assistir a esses caras tem uma importância histórica, além de sentimental. Não há muito mais o que dizer, os caras inventaram a música eletrônica e ainda são mestres na área. Pra quem estiver muito curioso, aqui tem um vídeo com uma qualidade bem baixa.
Algumas fotos que eu tirei:
Ainda meio embasbacado com o Kraftwerk, resolvi reconhecer o terreno e pegar o show do Little Dragon no SonarHall, que começou à 1h em ponto. Só que como o espaço do evento estava bem mal sinalizado e muitos funcionários estavam mal informados, demorei algum tempo para descobrir onde ficava o outro palco. Consegui pegar uns 45 minutos de um show barulhento (no bom sentido) e muito bem arrumado dos suecos. Yukimi Nagano, a vocalista, estava bem à vontade com o palco pequeno e com a grande quantidade de pessoas sentadas nas cadeiras do auditório. Foi um show bem legal, e mesmo quem estava sentado balançava a cabeça e batia os pés.
Pra ter uma ideia:
Melhor surpresa do festival, pra mim. Curtia o disco dos canadenses, mas ao vivo eu tinha medo de dar tudo errado - especialmente pelo timbre da vocalista Katie, estridente e bem peculiar. E no fim das contas elas funcionam ainda melhor no palco. As backing vocals - estou ignorando o rapaz que tocava teclado praticamente de camiseta e cueca, a baterista com óculos Restart e o baixista escondido no fundo do palco Dorian Wolf - pareciam saídas do circo. Uma delas estava de pijama estampado e cabelos desgrenhados, poderia ser a terceira irmã das CocoRosie, a outra era parecidíssima com a Andrea Caracortada, do Almodóvar. Enquanto isso Katie dançava, gesticulava muito e soltava o vozeirão, que ecoava pelo SonarHall. Visualmente e musicalmente impressionantes!
Fiquei meio triste de não ter visto Chromeo (que muitos colocaram na lista dos preferidos) e o DJ set do James Blake. Mesmo assim, para um primeiro dia, eu estava mais do que satisfeito. Os erros do Sónar São Paulo 2012 foram feios, mas os shows impressionantes fizeram valer. E isso foi só no primeiro dia.
#Frikadica
3 comentários:
os erros gritantes estarão listados na parte dois da sua avaliação do sonar?
fiquei curioso hahaha
Pelo menos deu tudo certo, pq se dependesse da fila vc nem teria entrado ainda.
Abs,
Anônimo, alguns erros eu comentei nesse post mesmo, mas amanhã tem um resumão! Hehehe
Madame, nem me fala! Eu estava em desespero quando cheguei no fim da fila. Ainda bem que tomaram uma atitude a tempo! :)
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