A maré anda pra peixe, nos meus headphones. Pra minha sorte - e isso não é muito comum - tenho gostado de muitas das coisas novas que eu ando ouvindo.
Uma delas é Boat Beam, que eu conheci nessa semana, explorando essas internets. Esse trio composto pelas meninas Josephine Ayling, Alisha e Aurora é multinacional, mas com frequência é tido como um projeto espanhol, pelo fato de que elas vivem por lá.
Mas Josephine, a fundadora e líder do grupo, é uma viajante. Para se inspirar e compor depois do lançamento do EP, Paper Birds (de 2010), a australiana pegou a mochila e viajou pela América do Sul, Ásia e Europa.
Voltando, ela sentou com as colegas e saíram escrevendo melodias frágeis e lindas que entraram pra tracklist do segundo álbum, Reincarnation, lançado em janeiro desse ano. Ele é o sucessor de Puzzle Shapes, de 2009.
Boat Beam mistura folk rock ao eletrônico minimalista, variando do indie ao pop em segundos. E sem perder a magia. A coprodução do disco ficou a cargo de Ben Hillier, responsável pelo álbum Think Tank (2003), do Blur.
Dá uma olhada no último vídeo lançado pelo trio, de Sirens.
Em comparação ao primeiro trabalho, de 2009, o som evoluiu bastante e ganhou um ar mais sério e ao mesmo tempo mais feliz. Isso porque a inconstância das músicas é uma das coisas mais cativantes do projeto.
Separei as minhas preferidas do álbum, pra vocês entenderem melhor do que eu estou falando:
Boat Beam - Sabio
Boat Beam - Exhibit A
Boat Beam - Amsterdam 1740
Boat Beam - Fishing For Spears
O trio Boat Beam dá a impressão de estar parado, a julgar pela sua aparente aversão à internet. A última mensagem postada em seu MySpace é de Feliz Ano Novo! Vamos esperar pra ver quando elas vão dar as caras de novo.
#Frikadica